"B-I-C-I-C-L-E-T-A (Bê, I, Cê, I, Cê, Ele, Ê, Tê, A), sou sua amiga bicicleta...sou eu te que te levo pelos parques a correr...", assim cantava Simone numa coletânea de músicas infantis da década de 80, Casa de Brinquedos (http://app.radio.musica.uol.com.br/radiouol/linklista.php?nomeplaylist=005139-1<@>Casa_De_Brinquedos&opcao=umcd), se quiser ouvir a lista toda, tem um texto fenomenal na voz de Dionísio Azevedo (quem matou Salomão Ayala? É do tempo do Noadir). Mas falava da Simone e da música "Bicicleta". Hoje me peguei voltando no tempo. Beatriz e Pedro ganharam bicicletas de dia das crianças e lá fomos nós para a aventura do aprendizado. Tombos, ralados, muita risada e incentivo....e nada de desistir, estamos quase lá. Mais alguns hematomas e chegaremos lá, juntos! (Resolvi inverter o slogan para não gerar saudades em alguns...).
Aprendi a andar de bicicleta há 30 anos atrás, como passa o tempo (sei que é lugar comum, mas como sou eu que escrevo, vá lá...). Aprendi com uma caloi vermelha, pequena, depois evolui para uma dobrável verde, quem me ensinou foi meu irmão Júlio (saudades sempre), na época ele tinha 19 anos. Rua Pedro Mota, em Paulínia, já moravámos na altura do número 77. Meu pai não tinha lá muita paciência para me ensinar, bem que tentou, reconheço, mas depois do enésimo tombo, eu e ele desistimos de tentar juntos, aliás, ao longo da vida isso foi se tornando um hábito para ambos, mas escreverei sobre isso numa outra oportunidade. O Júlio me pegou e me disse, "tente comigo, acho que a gente consegue...". Montei na magrela (gíria dos anos 80, embora o fato tenha ocorrido em 1977), a rua tinha um leve declive. Ele cochichou no meu ouvido: "Estou segurando no banco, esqueça que estou aqui e concentre-se em manter o corpo firme e a bicicleta idem...vai!!". Quando cheguei ao fim da rua olhei pra trás e o Júlio não estava mais segurando no banco há um tempão. Estava no alto da rua, sorrindo de orelha a orelha...Desde 1989 o Júlio não segura mais o banco da minha bicicleta, foi ajudar alguns anjos a aprenderem a andar nas suas...
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