Desde a sua origem o Cristianismo mostrou-se como a resposta definitiva para as três perguntas filosóficas que angustiam o coração e a alma da humanidade. Desde os pré-socráticos (séc. VIII a VI a.C.), a sabedoria humana tenta satisfazer a esses questionamentos:
1. Quem sou eu?
2. De onde eu vim?
3. Para onde eu vou?
Quando Jesus Cristo, o Deus Vivo que entrou na História, andou entre nós, deixou-se matar para pagar a minha e a sua dívida com o Pai, ressuscitou ao terceiro dia, subiu aos céus, de onde voltará para nos buscar e viver para sempre com Ele, as três perguntas foram Nele respondidas.
A primeira pergunta é brilhantemente respondida por Brennan Manning, em O obstinado amor de Deus, “eu sou filho amado de Deus”. Você tem consciência disso? Se você tem, qual a razão então para em determinados momentos da nossa caminhada cristã nos esquecemos dessa maravilhosa condição que nos é dada pelo próprio Deus Filho? (Jo 1.1-14). Manning sustenta uma pergunta perturbadora, quando Cristo nos encontrar, Ele nos perguntará, assim como fez com Simão Pedro: “Você me ama?”, se a nossa resposta for um sim carregado de certeza, Ele nos tornará a perguntar: “Então por que apenas o Meu Amor não foi suficiente para você?”.
A segunda pergunta encontra resposta nas palavras do salmo 139, onde o salmista nos descreve a maneira maravilhosa de como o próprio Deus nos planejou e nos amou antes da nossa própria existência física, antes da fundação do mundo, isso é MARAVILHOSO!
A terceira pergunta nos é revelada nas últimas páginas do Novo Testamento, a partir do capítulo 21, do livro do Apocalipse, o apóstolo João, já velho, no crepúsculo de sua vida, contempla a consumação de tudo, ao vislumbrar a eternidade tem o seu coração acalmado em meio às tribulações da História. O Império Romano, sob o cetro de Nero, persegue e oprime impiedosamente o Cristianismo, discípulos são mortos nas arenas de maneira atroz. Caso negassem a Cristo e proclamassem a César como Senhor, teriam suas vidas poupadas. Preferiram a morte, era um tempo em que os cristãos estavam dispostos a morrer pela sua fé e, não, a matar por ela. Nesse cenário desolador, João vê a eternidade, seu coração se enche de alegria, esperança e amor que vem do Alto. Deus continua sendo Deus, Ele reina soberano e está pronto a intervir na História com seus exércitos e consumar seu plano de resgate da humanidade para si. Mas antes é necessário criar um povo que se chame de Seu. E isto Ele tem feito ao longo dos séculos, desde uma manhã de domingo, quando um túmulo amanheceu vazio.
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