domingo, 12 de abril de 2009

Sobre hoje (Domingo de Páscoa) ou considerações e implicações de um túmulo vazio...

Desde a sua origem o Cristianismo mostrou-se como a resposta definitiva para as três perguntas filosóficas que angustiam o coração e a alma da humanidade.  Desde os pré-socráticos (séc. VIII a VI a.C.), a sabedoria humana tenta satisfazer a esses questionamentos:

1.      Quem sou eu?

2.      De onde eu vim?

3.      Para onde eu vou?

Quando Jesus Cristo, o Deus Vivo que entrou na História, andou entre nós, deixou-se matar para pagar a minha e a sua dívida com o Pai, ressuscitou ao terceiro dia, subiu aos céus, de onde voltará para nos buscar e viver para sempre com Ele, as três perguntas foram Nele respondidas.

A primeira pergunta é brilhantemente respondida por Brennan Manning, em O obstinado amor de Deus, “eu sou filho amado de Deus”.  Você tem consciência disso? Se você tem, qual a razão então para em determinados momentos da nossa caminhada cristã nos esquecemos dessa maravilhosa condição que nos é dada pelo próprio Deus Filho? (Jo 1.1-14).  Manning sustenta uma pergunta perturbadora, quando Cristo nos encontrar, Ele nos perguntará, assim como fez com Simão Pedro: “Você me ama?”, se a nossa resposta for um sim carregado de certeza, Ele nos tornará a perguntar: “Então por que apenas o Meu Amor não foi suficiente para você?”.

A segunda pergunta encontra resposta nas palavras do salmo 139, onde o salmista nos descreve a maneira maravilhosa de como o próprio Deus nos planejou e nos amou antes da nossa própria existência física, antes da fundação do mundo, isso é MARAVILHOSO!

A terceira pergunta nos é revelada nas últimas páginas do Novo Testamento, a partir do capítulo 21, do livro do Apocalipse, o apóstolo João, já velho, no crepúsculo de sua vida, contempla a consumação de tudo, ao vislumbrar a eternidade tem o seu coração acalmado em meio às tribulações da História.  O Império Romano, sob o cetro de Nero, persegue e oprime impiedosamente o Cristianismo, discípulos são mortos nas arenas de maneira atroz.  Caso negassem a Cristo e proclamassem a César como Senhor, teriam suas vidas poupadas.  Preferiram a morte, era um tempo em que os cristãos estavam dispostos a morrer pela sua fé e, não, a matar por ela.  Nesse cenário desolador, João vê a eternidade, seu coração se enche de alegria, esperança e amor que vem do Alto.  Deus continua sendo Deus, Ele reina soberano e está pronto a intervir na História com seus exércitos e consumar seu plano de resgate da humanidade para si.  Mas antes é necessário criar um povo que se chame de Seu.  E isto Ele tem feito ao longo dos séculos, desde uma manhã de domingo, quando um túmulo amanheceu vazio. 

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